CEO Carlos Amodeo diz que reestruturação financeira não impedirá investimentos no futebol do Vasco
Em um vídeo disponibilizado pela VascoTV, Carlos Amodeo disse que vê o Vasco reequilibrado financeiramente em um espaço de dois a três anos. Com o projeto de reestruturação financeira, adotado pela gestão de Pedrinho recentemente, o CEO da SAF disse que o movimento não impedirá investimentos no futebol
CEO do Vasco diz que reestruturação financeira não impedirá investimentos no futebol
— A gente tem uma visibilidade dentro dos objetivos que traçamos que a gente consiga ter o clube reequilibrado do ponto de vista financeiro num espaço de dois a três anos. Não significa que não faremos investimentos no futebol dentro desse período. Nós faremos, sim — disse o CEO do Vasco, que completou:
— Esse plano de reestruturação contempla toda uma readequação do ponto de vista financeiro, mas também concentração importante de todos recursos que consigamos investir no futebol. Afinal, ela é nossa atividade fim, e precisamos do futebol como uma base para o projeto de reestruturação financeira como um todo.
Para Carlos Amodeo, os resultados esportivos são fundamentais na reestruturação financeira do clube, já que a SAF ganha mais dinheiro com consequências dos resultados esportivos, como bilheteria, número de sócios, patrocínios e premiações.
— Tendo bons resultados esportivos, temos mais sócios, mais patrocinadores, mais premiações, público presente. Tem mais dinheiro. Isso é fundamental. Torcedor pode ficar tranquilo que durante o processo de reestruturação financeira o clube vai olhar para o futebol, com contratações que serão feitas com criatividade e inteligência, também do ponto de vista financeiro, mas olhando para o protagonismo desportivo. Não podemos descuidar do futebol e correr o risco de ter fragilidade no projeto esportivo. As duas coisas têm relação de causa e efeito.
Amodeo repetiu o que havia dito na entrevista coletiva de quinta-feira, quando afirmou que as receitas de 2025 não haviam sido antecipadas pela 777 na gestão do futebol antes da ação que tirou a empresa norte-americana do comando do futebol.
Veja o depoimento completo do CEO do Vasco
— Quando nós chegamos no clube, cerca de quatro meses atrás, nós encontramos os cofres do clube absolutamente zerados. Mas ao mesmo tempo que encontramos os cofres zerados, também nos deparamos com a situação de que as receitas de 2025 ainda não haviam sido antecipadas.
— Então a primeira medida que nós tomamos foi não vamos mexer nas receitas de 2025, não vamos antecipar as receitas de 2025 e vamos trabalhar para aumentar as nossas receitas projetadas de 2024, protegendo as receitas de 2025 para que a gente não tenha problemas no exercício subsequente. Com isso, fizemos algumas ações importantes, como a gente já citou anteriormente, que são ações voltadas ao programa sócio-torcedor, que permitiram a duplicação do número absoluto de sócios e um aumento importante na nossa receita recorrente mensal com o programa. Também viabilizamos mais quatro novos patrocínios que permitiram o ingresso de novas receitas em 2024 que estão sendo utilizadas para que a gente faça ajuda a todos os nossos compromissos correntes deste ano.
— 2025 nos aponta, sim, um ano de perspectiva de receitas financeiras bastante superiores às receitas de 2024 e dos anos anteriores também, que as receitas estavam subaproveitadas e subutilizadas às potencialidades de receitas do Vasco, mas será um ano desafiador por conta de todo o projeto de reestruturação financeira e por conta de todo o passivo financeiro que nós recebemos e nos deparamos do clube que está sendo objeto de reestruturação neste momento. Mas sim, a gente deve ter receitas importantes no próximo ano. Nós estamos trabalhando fortemente para que o ano de 2025 seja um marco histórico de receitas de patrocínio no clube.
— O segundo semestre de 2024 já mostra que provavelmente em 2025 nós teremos um recorde expressivo de receitas de patrocínio no clube na sua história. Temos também um plano bastante importante para o nosso programa sócio-torcedor, onde a gente quer alavancar substancialmente esse número de 65, 70 mil sócios que nós temos, que nós já tivemos uma melhoria importante em relação ao que tínhamos antes, mas a gente não está absolutamente satisfeito com isso porque a gente compreende, entende o engajamento da torcida do Vasco e sabe o potencial que essa torcida tem de estar junto com o clube em momentos sensíveis como esse momento de reestruturação. Então a gente acredita que 2025 será, sim, um ano promissor em receitas para o Vasco, embora seja desafiador pelo contexto da reestruturação financeira.
Fonte: ge